quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Clima e temperatura em Wageningen

Arquivo pessoal: pôr-do-sol em Wageningen às 22h30

No território holandês predomina o chamado vento sudoeste, que provoca um clima marítimo moderado, caracterizado por verões não quentes, mas suaves, (média de 23°C) e invernos muito frios, mas não muito intensos (média de 0° C). As precipitações (aquilo que os meteorologistas chamam de chuva, granizo e até neve) apresentam uma média de 70mm mensais, com menores variações na primavera (45mm em média). Bom, quer saber? Isto é o que dizem os meteorologistas, prefiro trazer um relato próprio sobre o clima na Holanda e especificamente em Wageningen. 

Na verdade a Holanda tem quatro estações bem definidas, “frio”, “mais frio”, “mais frio ainda” e “congelante”. Em geral na Holanda chove quase todo dia, porém para meu desespero em Wageningen normalmente chove num dia, no outro também. Trata-se de uma cidade que tem uma relação íntima com a chuva, quando acontecem períodos como o que estão ocorrendo neste início da estação “mais frio ainda” (também conhecida como outono), onde há quase uma semana não chove e o sol aparece todos os dias, até o holandês mais agnóstico começa achar que Deus existe. 

Se o tempo na Holanda é maluco, em Wageningen é sequelado, pois um dia pode começar com sol e agradável, ainda pela manhã chover, no começo da tarde esfriar, chover de novo e no fim da tarde abrir aquele sol. Para mim, em termos de clima, a melhor parte do dia em Wageningen é a noite, especialmente na estação do “frio” (aquilo que os holandeses chamam de verão), quando o sol se põe por volta das 22h30. Sim, eu não sei por que, ou como, quase sempre ao final da tarde o tempo abre e ao menos por alguns minutos nos faz lembrar que o sol existe. Contudo não há escapatória, quem vem morar em Wageningen deve estar preparado para encarar longas pedaladas na bicicleta sob congelantes ventos e gotas de chuva. Assim, capas e guarda-chuvas são itens obrigatórios em que qualquer estação do ano. 

Voltando ao meu lado meteorologista, a figura 01 apresenta as médias de temperatura e precipitações em Wageningen. Note que em geral as médias de chuvas variam de 132mm a 231mm, ou seja, o mês que chove menos por aqui equivale ao mais chuvoso mês de uma cidade como Porto Alegre, que até então eu considerava uma cidade úmida. Falando em umidade, quando ela chega a 40% já tem holandês passando mal nas ruas. 

Figura 01 - Temperatura e chuva em Wageningen
Fonte: World66 Travel Guide

Não falarei sobre a estação “congelante” (vulgo inverno) pois ainda estamos no “mais frio ainda” (vulgo outono) e ainda não experimentei esta parte do clima. Entretanto já comecei a ficar com medo pelo nível das roupas de frio que começaram a ser vendidas nas lojas; se vier o inverno ( que dizer, “congelante”) que eles estão esperando, estou perdido. Assim, meu amigo, minha amiga, prepare-se para agüentar as baixas temperaturas (fez -11°C no último inverno, quer dizer, “congelante”), ainda que os sistemas de calefação das casas e dos ambientes de trabalho, ou mesmo nas lojas, sejam eficientes e podem trazer a sensação de uma percepção menor do frio. 

Com toda esta confusão meteorológica fica claro que não dá para sair de casa sem olhar a previsão do tempo, segue então uma lista dos principais sites que o manterão informado sobre o tempo em Wageningen. Mas cuidado, olhe mais de uma vez ao dia, pode haver mudanças repentinas: WeatherBug, AccuWeater, Meteox, WeatherForecast , Foreca

O verão (vulgo frio) passou por aqui e eu nem vi, para não dizer que não fez calor teve um dia, um único dia, em que me lembro de beirarmos os 30° C. Foi um dia tão bom, mas tão bom, que não valia a pena desperdiçá-lo em Wageningen, fomos eu e minha esposa para Amsterdam.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Cortando e cuidando dos cabelos na Holanda


Segundo o Instituto Euromonitor International o Brasil ocupa a 3ª posição no mundo no consumo de produtos de beleza, apresentando um aumento 26% nas vendas de 2009 a 2010. Esta pesquisa só vem a confirmar algo que já sabíamos, o brasileiro é vaidoso, mais agora com dinheiro no bolso. Em relação aos serviços, o aumento de 78% dos Salões de beleza em 5 anos (550.590 no pais) e o aumento de 64% de trabalhadores no setor, incluindo cursos superiores de formação especifica de cabeleireiros e esteticistas, demonstram o peso da exigência do consumido brasileiro (fonte: Anabel e Beauty fair). 

Sendo assim, saindo do economês e partindo para a prática do dia-a-dia, o que pretendo dizer é que ao vir à Holanda, uma hora ou outra você precisará adquirir de produtos relacionados à beleza e finalmente de um cabeleireiro. Para os homens a situação é mais simples, basta comprar uma máquina e mandar ver no cabelo (a minha custou 32 euros), mas quem não estiver afim de praticar o auto corte, vá em frente, escolha um bom KapperSalon (Salão de cabeleireiros) e pague a bagatela de 14 a 28 euros em média (R$ 35 a R$ 70) por um simples corte de cabelo masculino. Tem preços mais baratos? Tem sim, no mural da universidade vi um anúncio de um acadêmico oferecendo os serviços para corte à máquina por 5 euros (alguém se arrisca?). O lado bom também para os homens é poder comprar o kit para fazer a barba a preços mais convidativos que no Brasil (barbeador, espuma, loção, etc) bem como bons perfumes de marcas famosas. 

Porém para as mulheres o problema é bem mais grave, primeiro, por ter de tentar traduzir todos os produtos básicos do Holandês para o português. Certa vez, por exemplo, minha esposa conversou com uma brasileira que estava há um mês na Holanda e não conseguia tirar o esmalte das unhas por não conseguir identificar o que era acetona ou não nas lojas (vai a dica: aceton ou nagelak remover). O segundo e imutável problema relaciona-se com os péssimos serviços oferecidos pelos cabeleireiros e cabeleireiras da Holanda, simplesmente assustadores. Sinceramente, não conhecemos nenhuma brasileira que tenha entrado em um salão de beleza holandês e tenha saído sem vontade de pular de uma ponte (na Holanda não faltam opções de pontes). 

Desta forma, após ouvir diversas especialistas no assunto, inclusive minha esposa (Jackeline Espíndola) que me ajuda a escrever sobre este assunto tão delicado chamado “beleza”, desaconselho a procurar um salão de beleza holandês (a não ser em caso de extrema necessidade). Quer dizer que não há solução? Lógico quem tem, pode-se seguir o caminho do "faça você mesmo" (tintura, auto corte, etc), ou buscar profissionais brasileiros na Holanda que suprem com louvor esta grave lacuna, basta procurar por eles na internet (o site Brasileiros na Holanda, referência na comunidade brasileira na Holanda, tem vários anúncios). Mas em Wageningen infelizmente não identificamos nenhum profissional que pudesse acudir os cabelos de minha esposa que perduravam um longo tempo sem o tratamento profissional. Há profissionais em Ede e Utrecht, porém como esse negócio funciona por meio de indicações, a Jackeline resolveu aproveitar uma de nossas viagens à Amsterdam e visitar um excelente profissional chamado Mazinho (Mazinho's Hair), um carioca que vive há 20 anos na Holanda e conquistou seu espaço no mercado (indicação de Márcia Curvo, criadora do site Brasileiros na Holanda). 

Mazinho e Jackeline 
Jackeline na Rua das Flores em Amsterdam


















Cada um atribui um peso ao fator “cuidados pessoais” e a escolha sobre qual caminho seguir é individual, ainda mais se tais escolhas estão relacionadas à adaptação ao contexto de um outro país. Segundo seu perfil, determine seus limites e metas, o que está em seu topo de necessidades ou não, tome suas decisões, mas não diga que não avisei.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Assistência médica e farmácias


Saúde é coisa séria, tudo mundo sabe, e está no topo das prioridades humanas. Porém, deve estar mais no topo ainda quando se pretende viajar a outro país, devendo constar esta preocupação como prioritária no planejamento de quem deseja dedicar-se aos estudos com tranquilidade. 

O sistema de saúde na Holanda é financiado basicamente pelo sistema de seguros, que é obrigatório para a chamada baixa renda (leia-se uns 3.000 euros por mês) por meio de um seguro subsidiado pelo governo (o tal do ziekenfonds) e de livre escolha para os que têm salários mais altos. Para quem vem estudar na Holanda o seguro é obrigatório e condicionante para o visto MVV, que pode ser feito tanto no Brasil quanto em uma seguradora na Holanda, valendo também os Planos de Saúde que tem cobertura internacional. Para quem vem a Holanda sem seguro a situação é complicada, porém o acesso à saúde é um direito de todos, inclusive aos não documentados (ilegais no pais), assim todas as pessoas que necessitem de auxílios médicos e hospitalares emergenciais ou mesmo essenciais serão atendidos. 

O tão sonhado Programa de Saúde da Família (PSF) do Brasil é aplicado no sistema de atendimento holandês, ou seja, não adianta ir direto a um médico especialista, é preciso primeiro passar pelo practitioner (clinico geral), que fará uma avaliação, explorará todas as alternativas possíveis e somente então, se houver real necessidade, encaminhará o paciente para um atendimento de um especialista. O sistema é bom, mas cerceia a liberdade do paciente de ir direto a um especialista, como no caso das mulheres, que precisarão passar pelo clínico geral, mesmo sabendo que precisam de um ginicologista ou um obstetra em caso de pré-natal. O pré-natal aliás é feito pelo clinico geral, que encaminha a paciente a um especialista somente em caso específicos de risco da mãe ou do bebê. 

Quem vem estudar na Wageningen University (WUR) já tem o seguro saúde praticamente encaminhado pelo contato de imigração, bastando apenas dar continuidade aos pagamentos mensais (em geral por débito automático em conta corrente). A universidade também conta com clínicos gerais (conveniados) especializados no atendimento de estudantes de todas as nacionalidades, o que minimiza o impacto cultural quando da necessidade de atendimento. Minimiza, mas não impede surpresas (experiência própria). O fato é que na primeira semana em Wageningen, ou o quanto antes, é preciso cadastrar-se em dos clínicos gerais, apresentando para tanto um formulário com informações médicas pessoais (fornecido pela WUR), cópia do passaporte (aquela parte com foto) e cópia do seguro saúde. Na verdade são dois médicos para a comunidade universitária (não, não estou brincando, são só dois mesmo), a Dr.ª S. van Dinther e o Dr.º R. van der Duin (escolhido por nós na base do “cara ou coroa”). Para maiores informações segue o link do site da WUR que trata da assistência à saúde do estudante http://migre.me/5GXwU e do site da equipe médica http://migre.me/5GXAR . Observe que no site dos médicos há horários específicos para marcação de consultas e atendimentos (não adianta tentar nada fora do horário, eles não atendem, a não ser em caso real de emergência). Também há a possibilidade de consultas on-line, com prescrição e se preciso renovação de receitas, ou seja, se o estudante quiser nem verá a cara do médico. 

Minha esposa precisou recentemente de uma consulta médica, devo dizer que a marcação foi bem rápida, apenas dois dias após o agendamento. E lá fomos nós para rua Duivendaal 4, 6706AR, para a consulta conforme programado com o simpático Drº Van der Duin. Simpático mesmo, este médico é uma figura, parece até um personagem tirado dos Piratas do Caribe (parente do Jack Sparrow, eu acho). Primeiro perguntou o que minha esposa estava fazendo ali, pois não tinha cara de doente (doente tem cara?). Após ouvir os sintomas, confabulou sobre as possíveis causas e receitou um remédio para ver se "resolvia". Por fim, ao saber de nossa diferença de idade (sou 11 anos mais velho que ela), disse que eu era “esperto” e tinha sorte (cada um que me aparece). Como brasileiros que somos, ficamos esperando pela receita, “Mas que receita?” disse o médico. Simples, aqui na Holanda não existe aquele “garrancho” ridículo e ilegível rabiscado num papel que confunde até o mais experiente balconista de farmácia (trabalhei 5 anos em farmácias e sei do que estou falando), mas há sim uma receita bem digitada que é enviada diretamente à farmácia de sua escolha. 

Wageningen, com seus 37.000 habitantes, conta com apenas três farmácia: 1) Service Apotheek van Weringh, 2) Apotheek J. ten Hoopen B.V, 3) Churchill Kring-apotheek . Provavelmente se você passar por uma delas nem se dará conta que é uma farmácia, eu por exemplo passava em frente à Van Weringh (nossa escolha) todos os dias e nunca imaginei que ali funcionasse uma farmácia. De qualquer forma lá fomos nós, logo após a consulta, direto para farmácia, e na entrada nem adianta ir direto ao balcão, é preciso antes pegar uma senha, sentar e aguardar civilizadamente. O atendimento é rápido e prático, perguntam o nome do paciente e o nome do médico, localizam a receita, e se o medicamento estiver disponível já entregam na hora. Vale dizer que o seguro reembolsa todos os medicamentos devidamente receitados (verificar o procedimento em sua seguradora).





A impressão que fica é que o sistema de saúde holandês é excepcional, nem preciso falar que em muitos aspectos, não em todos, é melhor do que no Brasil, essencialmente por atender a todos por um valor que considero simbólico, 40 euros por mês em média (R$ 100,00). Porém o sistema limita muito a liberdade de escolha do paciente, sem falar que um ‘doente’, na acepção da palavra, parecer ser alguém praticamente à beria da morte para um médico holandês. A impressão que passa também é que saúde e custo são irmãos siameses, predominando mais os interesses sobre os custos do que os interesses pela saúde. 

Falei dos médicos, mas ainda não falei dos dentistas. Aí meu amigo (a), torça para não precisar de assistência odontológica, e esta é outra história para um outro por do sol. 


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Como treinar seu holandês


A primeira e inegável constatação sobre a cultura neerlandesa é que um holandês será sempre um holandês, não adianta estranhar, eles são assim mesmo, seguem sempre um modus operandi característico e único. Inevitavelmente você observará diferenças comportamentais muito divergentes em relação à cultura brasileira e portuguesa. 

Mas vamos a algumas lições importantes que podem ajudar na relação diária com os nativos, especialmente na arte de como treiná-los. Sim, você vai precisar treinar seu holandês, que pode ser um orientador, um chefe, um amigo, um Landlord (proprietário de imóvel), um gerente do banco, colega, companheiro ou companheira, etc, ou seja, todo mundo na Holanda tem um holandês para treinar, e digo ainda que é um serviço à sociedade que deveria ser reconhecido pela ONU. 

Vamos pelo começo, ensine seu holandês que você tem o direito de dizer NÃO. O NÃO é uma palavra tão sagrada quanto o SIM. Porque eu digo isso? É que em geral um holandês típico não está preparado para ouvir uma resposta negativa sobre qualquer assunto que seja, e quando um NÃO aparece repentinamente é como se fosse uma bomba. Verdade, eles ficam tentando compreender, segundo um raciocínio lógico, porque você disse NÃO. Por exemplo, você NÃO é obrigado a alugar uma casa ou apartamento que foi visitar e não gostou, assim basta dizer NÃO gostei e não quero alugar. Pode ter certeza que seu holandês ficará perguntando os porquês, ou “mas é um local tão bom, o que há de errado”. O que há de errado é que geralmente tentam empurrar para nós expats (estrangeiros) imóveis que certamente eles não morariam. Se alugou, ensine seu holandês a avisar quando vêm à sua residência recém locada, nem que seja por email ou um bilhetinho na caixa postal. Infelizmente alguns Landlords (pelo menos na minha experiência), tem a péssima mania de aparecerem de surpresa, como se estivem vigiando o imóvel. 

Se você entrar em supermercado holandês perceberá também que há apenas entradas com portinholas automáticas que regulam o fluxo de clientes, dando a impressão de que se entrou, tem de comprar. Não cai nessa, você tem o direito de apenas olhar e NÃO comprar, em qualquer loja da Holanda, mesmo que eles olhem feio. Dizer NÃO a um holandês é um bem que você faz a comunidade internacional e a eles mesmos, afinal não foram preparados para situações além do planejado, muitas vezes não sabendo perder. Aliás esta é próxima lição, ou seja, ensine seu holandês que ele não vai ganhar sempre e que negociar não significa que só uma única parte ganha numa transação (em geral eles estão programados para não perder nada). 

No mundo teórico da administração aprende-se que as melhores negociações são aquelas do tipo “ganha-ganha”. No mundo holandês as negociações são do tipo “eu sempre ganho e não tem discussão”. Assim, ensine seu holandês a ceder também, demonstrando que não dá para ganhar todas, expondo seu ponto de vista, argumentado suas razões e jamais se colocando em posição de inferioridade numa negociação. Eles já são bem altos, e você baixar a cabeça então já era, está dominado, e você perderá o controle do seu holandês para sempre. 

Seu holandês precisa saber que você tem direito de opinião, mas não apenas formalmente, isto eles já fazem, mas digo de verdade e pra valer, de forma que suas opiniões e argumentações sejam também implementadas e não figurem apenas nas atas das reuniões. 

Nas relações de coleguismo ou amizade, ensine ao seu holandês que um jantar em sua casa, uma saída para bar ou uma caminhada no parque não são um appointment (compromisso formal). Deixe claro que estas atividades são diversão e não trabalho. Como administrador de empresas e funcionário público considero-me um burocrata nato, tenho a formalidade na veia, porém até para mim os holandeses extrapolam. 

Um passo mais adiantado neste treinamento, e que requer técnicas avançadas e de ponta, é treinar seu holandês na compreensão de que a Holanda não é perfeita. Pronto, falei! Sim, há falhas, trens e ônibus atrasam (algumas vezes os horários são modificados arbitrariamente nos displays dos pontos e estações), não há segurança alimentar (a alimentação é uma preocupação diária), ou seja, são reféns dos supermercados (dos seus horários e altos preços), a previsão do tempo também é uma loucura, muda no mínimo duas vezes por dia (não há el niño que justifique isto), a preocupação com a natureza está sempre relacionada a aspectos de custos e alocação de recursos (e não pelo seu valor intrínseco). Assim, não se iluda, seja crítico, e ensine ao seu holandês que você tem o direito de ser crítico (com fundamentação e bom senso, logicamente). 

Contrariar um holandês não é crime, eles precisam saber disso e você pode treinar seu holandês a entender que você tem opinião própria e ela não é figurativa. Tudo isto vai depender do poder de argumentação de cada um, o que contudo não é uma questão só de domínio do inglês, é uma questão de postura. Olhe sempre nos olhos (ainda que seu holandês tenha uns 2 metros de altura), fale com firmeza e não se diminua por ser um expat, ao contrário, demonstre que você está aqui também para contribuir para a sociedade holandesa por um determinado período, mas para isto é preciso que sua voz seja ouvida de forma efetiva e não relativa. Assim, mãos à obra, você já treinou seu holandês hoje?