terça-feira, 2 de agosto de 2011

Assistindo TV na Holanda

Assistir TV na Holanda é algo muito simples – para os holandeses – assim, para os que não foram educados desde bebês no “Dutch”, restam os canais em inglês e em francês. A TV principal do país é a RTL, que na verdade é alemã, de propriedade majoritária do conglomerado de mídia Bertelsmann, com sede em Luxemburgo, estando também presente na França, Bélgica, Reino Unido, Austrália, Espanha, Hungria e Croácia, além de co-produções nos Estados Unidos. 


Já entendo algumas palavras e frases em holandês, mas nada suficiente para acompanhar um programa de TV, mas a RTL tem uma programação variada e com alguns filmes sem dublagem e em sua versão original em Inglês, além disso tem os realities shows de música, tais como o “Holand's Got Talent” e “The X Factor” que são um show a parte (não custa nada lembrar que a holandesa Endemol criou o Big Brother). 



No estado onde resido há também uma TV regional, mais ou menos a RBS ou TV Morena deles, só que com programação exclusivamente local, contando até com uma versão da “Ana Maria Braga” chamada Angelique Krüger, que é um pouco estranha e até há pouco tempo eu realmente acreditava que os programas dela não faziam sentido e eram chatos. Porém, nesta terça, dia 02/08 não é que ela traz o seu programa itinerante para Wageningen e grava direto da praça principal da cidade. Somente então pude compreender a diferença que ela faz na região, movimentando as cidades locais com games entre grupos bem como contando um pouco da história de cada uma. 

Angelique Krüger
Logicamente eu Jackeline (minha esposa) fomos à praça para assistir a tal gravação e até nos divertimos um pouco. Para quem quiser conhecer um pouco de Wageningen, segue um link com o programa completo: Zomer in Gelderland. Bom, assistir a gravação deste programa me chocou um pouco dado que um cidadão que imitava John Lennon fumou maconha calmamente diante das telas, isto em plena luz do dia, em praça pública. Isto é Holanda. 


Em termos de TV o que salva mesmo são os canais internacionais, possíveis somente via TV por assinatura, tais como CNN, TV5, Eurosport, e o melhor de todos, a BBC (BBC1 e BBC2), que é o que mais se aproxima em termos de TV como conhecemos no Brasil, com um jornal matinal muito bom, programação interessante e uma cobertura excepcional da Fórmula 1, com comentários de Eddie Jordan (ex-dono de equipe), David Coulthard (ex-piloto) e Martin Brundle (ex-piloto), com a brilhante narração de Jake Humprey, um garoto de 32 anos que prova que não é preciso ter assistido e presenciado toda história do automobilismo para se entender de F1. Aliás, eles fazem a transmissão praticamente de dentro dos boxes das equipes e não precisam mendigar entrevistas, todos os pilotos vem até eles e até mesmos os managers e donos de equipes dão entrevistas sorridentes. Enfim, para quem adora este esporte como eu, livrar-se da narração absurda do Galvão Bueno e de uma transmissão de estúdio da Rede Globo,  é algo que não tem preço. 

Mas o mundo mudou e não assistimos TV somente na TV convencional, enquanto o Brasil acorda, almoçamos assistindo o Bom Dia Brasil, e enquanto Brasil almoça, jantamos assistindo o Jornal Hoje, tudo isto via internet, não vou negar e nem ser puritano em relação a como o sinal chega, mas são passíveis de serem assistidos quase todos os canais brasileiros, abertos e fechados, via web.

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